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UM DEUS CONFUSO?
Miquéias Castreze
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Tem dias que o
Senhor nos permite viver os piores dias das nossas vidas. Sentimentos de abandono
e dor na alma, se tornam os atores principais no palco da nossa vida. E não estamos
falando apenas desses dois, parece que ambos nunca serão extintos, os momentos são
angustiante e de grande aflição, são como trevas diárias, e constantes. Nossa carne
envelhece, e nossos ossos parecem expostos ou moídos. É como sentir a dor do
veneno de uma picada de cobra.
É como morar no cemitério, onde a cova é
profunda e fria. É Tenebroso. Os grilhões prendem os pés e as mãos. Oramos e
parece que a oração e o clamor não tem força para ultrapassar, sequer o teto. Não
acontece nada, é como estar escondidos, atrás de tudo. Não se tem sucesso
aparente, não se tem fama aos olhares dos homens, parece que estamos em
pedaços, simplesmente em pedaços espalhados pelo chão. E ao mesmo tempo, somos
alvos de flechas, dardos inflamados do maligno e de todos os que estão ao
redor. Somos motivos de escárnios, deboches, e de vergonha. É como ter os
dentes quebrados e arrancados a força. O sabor de tudo é como amargo, igual fél.
Existe muito fermento na massa toda.
Com todo esse
roteiro sendo traçado na trama, surgem os questionamentos humanos. A resposta é
simples e complexa, fácil para responder, mas de difícil entendimento, pois a
resposta é que Deus, o nosso Senhor e Salvador, permite todas essas coisas,
para que seja descortinados nossos pecados, para gerar verdadeiro arrependimento, só para
Ele nos ter por perto, pois El deseja que aceitamos a Sua paternidade.
Um Deus
confuso? Sim, confuso para a mente dos homens, mas estratégico e realista, a
fim de restaurar, edificar, estruturar e estabelecer cada um de nós, como
co-herdeiros dignos em Cristo Jesus, como filhos!
Para o sucesso
de um campo a ponto de ser colhido, a semente primeiro morreu, gerando seus
frutos. Para obter sucesso como homem e mulher de Deus, é preciso morrer para o
mundo e para você mesmo, ter as vontades humanas mortificadas diariamente pelo
Senhor. O processo é sim um tratamento de choque, mas que produz com sucesso
seus frutos. Sucesso é aquilo que foi bem feito, atingindo seu final
programado, mesmo que não se tenha fama aos olhos dos homens. Com Deus, quando
somos menos em nós mesmos, quando temos menos de nós, somos mais nEle.
A estratégia
de Deus é loucura para os homens, nem sempre entendemos os passos dos projetos
de Deus. As vezes nossas estratégias é como uma avant-premiere, com luzes, câmeras
e aplausos, tudo que a fama pode oferecer aos homens, mas Deus usa de
estratégias confusas, absurdas, pequenas coisas, homens comuns, lugares comuns,
coisas comuns para realizar grandes estandartes na história do mundo. Ele
mesmo, Jesus, veio ao mundo em um lugar comum. Davi aprendeu a ser rei no
campo, um lugar comum. Elias era tão comum, que ninguém o conhecia antes de
aparecer como profeta. Amós, profeta, era vaqueiro, um homem mais do que comum,
cuidava de vacas. Jeremias, profetiza com as coisas mais comuns e loucas por
ser profeta. E o que dizer dos discípulos, todo comuns, homens iletrados, mas que
marcaram o mundo. Mas tudo que é comum, após o Senhor mover, se torna um marco
histórico e profético.
Agora com o palco da vida em
sequidão, sem esperança, em podridão e sem nenhum frutos aparente, vivendo a loucura
da estratégia confusa e absurda de Deus, nos encontramos mortos para nós mesmos,
sem aparente esperança, nesse cenário agora, é onde o Espirito Santo age, impulsiona
e motiva nosso espirito humano, e gera o sentimento que nutre toda vida com
Deus, o sentimento de que precisamos trazer a memória tudo aquilo que nos trás
esperança (Lm 3:21).
A noite toda
foi suja, dolorosa, triste, morremos mais de uma vez, cheia de pavor, angustia,
mas o raiar de um novo tempo, de um novo dia, o sol aparece, os pássaros são
ouvidos, anunciando que começou algo novo, quando o vento começa a cantar, a brisa
trás a certeza de que Deus vem com novidade de vida, com esperança,
misericórdia e graça, pois é isso tudo, que não deixa que sejamos mortos ao
fogo, ou ao fio da espada.
Como somos
homens comuns, nossos atos de justiça, são com trapos de imundícia iguais aos panos
de chão, assim já profetizava Isaías (64). É justamente a esperança da graça de
Deus, e o coração do homem descoberto, que faz com que Paulo, o apóstolo,
reforce o que Deus disse para Moíses, que Ele, é um Deus que se compadece de quem
Ele quiser, e não se compadece de quem Ele não quiser. De que é Ele o oleiro e
tem o poder sobre o barro, que somos nós (Romanos 9). Por conta disso, cabe a
nós servos obedientes, crermos com o coração voltado a Deus, que se Ele nos
traz uma nova manha, um novo tempo, com toda certeza Ele tem derramado sobre
nós, sua graça e fidelidade de Amigo e Pai.
Nada vale mais
nesse momento do que crer que “a nossa porção é o Senhor, por isso esperarei
nEle” (Lm 3:24), se estamos aqui, vivendo momentos de dores, amanha viveremos
momento de grande alegria, e receberemos do Pai, os benefícios de um Deus
justo, fiel, misericordioso, amoroso, que tem um ótima mão de oleiro, nos refazendo
quando preciso, que é salvador e libertador, que perdoa pecados por ser um Pai
amoroso, e que sempre terá a ultima palavra.
Grande pode
ser o choro que cobre nosso rosto agora, mas nunca esqueça que o nosso Deus, o
Todo-Poderoso, o Eu Sou, tem graça e misericórdia e resolveu manifesta-las a
nós, basta deixarmos que nossas fraquezas atraia o poder do Pai, confessando
nossos erros, fraquezas e pecados escondidos.
Como diz o
escritor de Lamentações, no capitulo 3, versículo 26 - “ Bom é aguardar a
Salvação no Senhor, e isso em silêncio”.
No
amor de Cristo,
Miquéias Castreze
pastor,
missionário, servo de Deus acima de tudo!
Apenas fazendo uma pequena correção sobre os "trapos de imundícia" citados no artigo, meu irmão...
ResponderExcluirNo contexto de Israel, na época em que foi escrito o livro de Isaías, "trapo de imundícia" era algo muitíssimas vezes pior que um simples "pano de chão"... E é importante que as pessoas saibam disto.
Na época, não existia aquilo que hoje conhecemos por "roupas de baixo", e consequentemente as mulheres (e os homens também, claro) trajavam apenas um vestido ou túnica que se diferenciavam em relação à classe social e ao sexo, pelas cores e pelo comprimento...
Bem, quando as mulheres estavam "menstruadas", o que na época era dito como "costume das mulheres", o fluxo de seu sangue era considerado imundo, e a própria mulher era considerada "imunda"... Por causa da "imundície" do fluxo (menstruação). Por não existir "roupa de baixo", as mulheres, então, colocavam "um trapo" (hoje evoluiu para o absorvente íntimo), e depois lançavam esse "trapo de imundície" fora.
Era à este "trapo" de imundície que o profeta estava se referindo... Agora será que podemos imaginar um "trapo de imundície", lançado fora, com o sangue já podre? Podemos fazer uma mera idéia...
O irmão entende porque a ilustração de "pano de chão" não serve? É muito mais forte o termo "trapo de imundícia".
No SENHOR,
Carlos.
amem irmao Carlos, obrigado pelo comentario e ratificação ao assunto, mas lendo sua informação, acredito que dê mais força poetica para o texto, essas meras palavras que o Senhor me deu. Grato em Cristo, aprendemos mais sempre. em Cristo, Miquéias Castreze;.
ExcluirLinda mensagem, amei....vale a pena ler e meditar!!! Deus realmente está contigo. DTA
ResponderExcluirLinda mensagem, amei....vale a pena ler e meditar!!! Deus realmente está contigo. DTA
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